segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Segunda Era Imperial


Dinastia Sui (589 – 618)

Logo após a turbulenta fase das invasões bárbaras e das dinastias Norte e Sul, a China passou por um processo de reunificação político territorial. A Dinastia Sui foi responsável por esse processo de reorganização política, econômica e social. Em alguns pontos, os feitos da Dinastia Sui são usualmente comparadas aos da Dinastia Qin.

Mesmo tendo breve duração, os Sui conduziram um intenso processo de centralização política e a criação de um severo sistema de contribuição social que incluía o pagamento de impostos e a participação em trabalho compulsório. Entre suas grandes realizações, destacamos a construção do Grande Canal e o processo de reconstrução da Muralha da China.

O fim da Dinastia Sui é explicado por uma série de turbulências internas e questões militares que enfraqueceram seu domínio. O fracasso militar obtido nas investidas realizadas contra a Coréia, no início do século VII, é alguns dos principais fatores explicativos para a derrocada dos Sui. Além disso, algumas conspirações internas e revoltas populares também motivaram o fim dessa dinastia.

Dinastia Tang (618 - 907)

Colocada como uma das mais promissoras dinastias da História da China, os Tang foram responsáveis por importantes traços da cultura chinesa. Foi nessa época que os valores do budismo se disseminaram e ganharam força dentro da China. Além disso, a criação da impressão em blocos permitiu que a escrita fosse popularizada entre os chineses.

No campo político, a Dinastia Tang também foi responsável por interessantes realizações. Foi nesse período que a China alargou suas fronteiras, conquistando partes da Sibéria, da Coréia e do Vietnã. Outra conquista territorial de grande importância comercial, foi a obtenção do controle sob a Rota da Seda. Ainda no campo político, podemos dar especial destaque à ascensão da Imperatriz Wu, a única mulher que alcançou tal título dentro da história política da China.

Durante o século VIII, uma série de tensões políticas marcou o processo de crise e desintegração da Dinastia Tang. A Rebelião de An Lushan, durante o governo de Xuanzong, foi uma das principais revoltas que deram fim a essa dinastia. Além desse conflito interno, a Batalha de Talas, deflagrada contra os árabes em 751, também contribuiu para a derrocada dos Tang. Depois da queda, até a primeira metade do século X, a China passou por um novo processo de desintegração política que a dividiu em cinco dinastias ao norte e dez reinados ao sul.

Dinastia Song (960 – 1279)

Depois dessa fase marcada pela descentralização política, a Dinastia Song conseguiu reimplantar a unificação dos territórios. Ao estabelecer sua dinastia, os Song conseguiram realizar interessantes reformas político-administrativas que estabilizaram os seus governos. Essa eficiente organização se explica pelo grande incentivo dado à busca pelo conhecimento. Durante a Dinastia Song, o Confucionismo ganhou força entre as elites intelectuais do país. Ao mesmo tempo, o Budismo perdeu espaço ao ser interpretado como um sistema filosófico que pouco respondia aos problemas políticos e cotidianos.

Nesse período, também vemos a ascensão de uma nova doutrina filosófica. O Neoconfucionismo, criado pelo pensador Zhu Xi, no século XII. Os valores pregados pelo Neoconfucionismo adotavam premissas do Confucionismo, do Taoísmo e do Budismo. A força desse conjunto de idéias foi responsável por um período de grande estabilidade nos campos político, social e ideológico da China. O neoconfucionismo teve grande presença no pensamento chinês até meados do século XIX.

Nos campos da política e da filosofia, a Dinastia Song alcançou grandes realizações, porém, nas questões militares não tiveram a mesma sorte. No início do século XII, uma invasão de povos estrangeiros dominou a parte norte de seus territórios. Cento e cinqüenta anos mais tarde, a invasão dos mongóis provocou um período de interrupção na soberania chinesa sob seus territórios.

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